sábado, 15 de junho de 2013

Uma Jovem e seu Diário



Que menina nunca teve um diário quando criança, ou chegando à adolescência?
Eu já tive, e nunca dei muita importância, mas sei que muitas meninas escreviam as coisas que lhes aconteciam durante o dia, e coisas que desejavam.
Ao crescerem, muitas vezes isso fica para traz por tantas outras coisas que aparecem na vida dessas meninas. Mas Rubi ainda cultiva esse hábito. Escreve o que sente, o que pensa, coisas que acontecem, suas angústias e momentos felizes e especiais.
Rubi é uma jovem que está próxima a sua segunda década de vida, e torna-se incrível a forma com que ela se relaciona com seu "amigo diário". Ela desabafa como se ele interagisse, coisas que ela não conseguia  falar para ninguém, certamente estaria escrito lá.
Chama-me atenção um fato: seus diários não eram só daqueles bonitinhos e de capinha enfeitada, bonitinhos, quando acabavam as páginas de algum assim, ela dava um jeito com folhas, ou um caderno pequeno e simples mesmo, ela usa para escrever... escrever não. DIALOGAR!

"Querido diário..." - Não! Rubi nunca começava uma escrita assim.
"Hoje foi incrível....", "Hoje não foi um bom dia, estou triste..."... E assim seguia sua história, contando para seu "amigo" tudo que lhe havia acontecido e, curiosamente, muitas coisas ficam implícitas, pois eles já sabem do que se trata. É como se fosse uma conversa de amigos, sendo que outras pessoas estão por perto, e então palavras-código e gestos entram em cena de forma que só os amigos entendem a conversa. Palavras como "ele", "isso", "aquilo"... Só Rubi e seu diário sabem quem é "ele", o que é "isso" ou "aquilo", e se alguém tentar ler é como chegar numa conversa sem saber do que se trata e ficar por fora.
Quem ler um diário de Rubi, fará sua própria interpretação do que está implícito, podendo ou não estar certo... de fato, apenas Rubi e seu diário saberão de fato os significados de tudo que está escrito lá, além das várias coisas, que trazem lembranças àquela jovem menina.


**Autora: Polyana Lima
#História baseada em fatos reais.
#Nome fictício.
Até mais!!
Poly Lima!

3 comentários:

  1. Boa introdução de uma personagem. Certo a história será do diário ou da menina, para mim é do diário. E vai continuar, seus leitores querem saber os segredos contidos no diário, que ele mesmo irá contar, já que ele "entende e dialoga" como real confessor.

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    1. A escrita no ato de uma inspiração. Veremos o que acontecerá!

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  2. Amei Poly vc como sempre arrazando...

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